quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Entrevista: Chorão


O Charlie Brown Jr ficou afastado uns tempos, mas está de volta com tudo. A banda liderada por Chorão lançou recentemente o disco Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva. Esse é o décimo álbum do grupo e o primeiro pela gravadora Sony.

No último sábado, o Charlie Brwon Jr participou do Altas Horas e antes da gravação do programa, o vocalista Chorão conversou sobre o novo disco, sobre o amadurecimento da banda e sobre o seu novo filme.

Há 12 anos atrás o Charlie Brown lançou o seu disco de estreia. O que mudou na sonoridade da banda nestes anos?

Há 12 anos a gente lançou nosso primeiro disco, mas a banda já existia há algum tempo e, nessa trajetória, nós ganhamos experiência e maturidade. A sonoridade da banda também amadureceu. Hoje em dia, eu acho que estamos mais maduros, somos uma banda mais sólida, centrada e entrosada.

O último disco da banda mostra um Charlie Brown mais maduro. Isso é resultado deste período que você ficou de férias após o lançamento do CD Imunidade Musical?

O último disco da banda Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva recebeu muitas críticas legais e o feedback da galera foi muito bom. Eles gostaram do disco todo, não só da música que é o carro chefe do disco no momento, que é Me Encontra. Eu acho que esse é um trabalho mais maduro, mais centrado, mais curto e objetivo. Ele tem uma unidade e as músicas falam de assuntos diversos, mas com o mesmo conceito. O disco também tem um espaço grande para o instrumental da banda, que mostra o quanto os músicos são bons e criativos.

O projeto era para o primeiro disco de vocês pela gravadora Sony ser ao vivo. O que fez vocês mudarem de ideia?

Realmente, a priori a gente tinha combinado com a Sony de lançar um disco ao vivo por sugestão deles. Nesse disco, nós íamos revisitar vários sucessos antigos, tocar músicas recentes, que são grandes sucessos também, e compor uma ou duas, talvez três musicas inéditas. Quando a gente parou para começar a compor, nós fizemos várias canções e essa triagem acabou tomando a forma de um disco inédito pronto. Por isso a gente optou por esse caminho, porque achou que era uma coisa legal para os fãs ter músicas inéditas e para gente também se renovar.

Você se arriscou em um novo mundo que foi o cinematográfico. Como foi a experiência de fazer o filme O Magnata?

Eu escrevi um roteiro de um filme chamado O Magnata, que foi meu primeiro projeto. Na verdade bem difícil no começo, porque você ser de uma banda, ser o vocalista, ainda que seja bem sucedido, para convencer as pessoas sobre o seu argumento de quer rodar um longa-metragem. E era difícil para as pessoas pegarem e lerem aquilo tudo, porque ler um roteiro é praticamente um livro. Foi um jogo difícil, mas a gente venceu essa etapa e o filme foi super bem sucedido.

Você pretende fazer mais algum projeto cinematográfico?

Agora eu vou dar continuidade com o segundo filme, chamado O Cobrador. Esse é um longa, que é só de ficção. No primeiro filme, a gente fez um filme onde o Charlie Brown, o João Gordo, D2, a cena urbana, B-Boys, grafiteiros, todo mundo era quem era mesmo, nós servimos de pano de fundo para a cena urbana onde se desenrolava a história. Nesse filme não, ele trata de uma cena urbana, mas como mera ficção.

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